segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DESAFIO: Degustar um Alpha Crux Malbec 2006!

Este é o primeiro post sobre um tema que gostamos muito, Alê e eu, principalmente porque ainda temos muito a aprender... Degustação de Vinhos!

Recentemente chegamos a uma conclusão muito importante sobre vinhos... Gostamos de apreciá-los como a personagem principal de um evento gastronômico... não como acompanhamento das refeições, como um apêndice, um acessório... É claro que estamos falando em apreciar e degustar com atenção um bom vinho... E servir os acompanhamentos que o valorizem ainda mais...

Mas, o que é um "bom" vinho? Para nós, completos leigos no assunto, é um vinho com uma boa referência dos mais entendidos no assunto, como revistas especializadas, amigos ou por procedência e região... Como suporte à decisão, eventualmente consultamos também a classificação do vinho. Não precisa ser necessariamente um vinho caro, mas provavelmente não vai estar na seção de "vinhos de mesa" dos supermercados... E, justamente por isso, um vinho que atenda a estas condições deve receber a atenção devida... Falo isso porque, recentemente, tomamos um Brunello de Montaltino em um churrasco... Enquanto preparavamos a carne... Foi uma completa heresia, um desperdício... Além da fumaça, a atenção a outras questões nos fez tomar de forma "automática" um vinho que merecia muito mais do que isso... Uma pena...

Decidimos, então, inaugurar nossos Eventos de Degustação de Vinhos com um vinho que trouxemos de uma viagem à Buenos Aires, em 2010, o Alpha Crux Malbec 2006.

Segundo as revistas especializadas, é "Um dos maiores e mais aclamados Malbecs de todo o mundo, tendo recebido a safra de 2006 91 pontos da Wine Spectator, que destacou a grande presença de boca e fruta madura, deste belíssimo tinto que, brilha através do longo final. Apontado como um dos três melhores vinhos da Argentina pelo crítico inglês Tom Stevenson, é intenso e cheio de fruta, sendo bem mais elegante e fino que a grande maioria dos Malbecs elaborados no país".

Seguem, abaixo, os detalhes técnicos do vinho que iríamos degustar:
  • Produtor: O. Fournier / Argentina
  • País: Argentina
  • Região: Mendoza / Vale do Uco
  • Safra: 2006
  • Tipo: Tinto
  • Volume: 750 ml
  • Uva: Malbec
  • Vinhedos: Vinhedos selecionados, da região de La Consulta - Mendoza.
  • Vinificação: Fermentado em tanques de aço inoxidável. Maceração por 28 dias com controle de temperatura (24ºC)
  • Maturação: Permanece 20 meses em barricas novas de carvalho sendo 80% francês e 20% americano
  • Temperatura de Serviço: 16 a 18ºC
  • Teor Alcoólico: 14,5
  • Corpo: encorpado
  • Sugestão de Guarda: Mais de 10 anos
  • Combinações: Carne, cordeiro e massa
Preparei, então, uma refeição bem leve: spaguetti ao sugo, uma farofinha de carne assada e um delicioso queijo brie!


O vinho estava em nossa adega, já na temperatura correta, 16 graus... Depois de aberto, colocamos toda a garrafa em um decanter e aguardamos um pouco antes de servi-lo.

 O aroma já se espalhou pela sala... Ao ser colocado na taça, pudemos ver sua cor intensa de cereja madura... Seu perfume era forte e depois que deixamos o álcool evaporar bem na taça, percebemos notas de maresia (talvez por saudade de Paraty...rs), frutas vermelhas e menta...

Ao provar o vinho (finalmente!! rs...), percebemos que o sabor das frutas vermelhas era marcante, mas havia também baunilha... E a "maresia" ou um sabor salgado ficava na boca no final... O queijo brie combinou bem com ele e chegou a ficar adocicado com o contraste seco e salgado do Alpha.


Não tomamos a garrafa inteira e, dia seguinte, ainda pudemos usufrir deste delicioso e encorpado vinho, sem perda de suas qualidades! Acompanhado de um "Escondidinho de Carne Moída" ficou muito bom!!

Nota do Alê e da Bia para o Alpha Crux 2006: 9,0! Que grande estréia para nossos Eventos de Degustação!!

Um comentário:

  1. No primeiro dia tomamos com a farofinha de entrada e a massa. A potência do vinho foi demais para a massa que também não agregou nada ao vinho. Os queijos camembert e brie foram mjito interessantes. Fcavam adocicados quando submetidos ao vinho. Como comemos depois da refeição, foi uma experiência muito interessante, a de mudar o sabor mantendo a mesma (BOA) bebida. No segundo dia o vinho estava surpreeendentemente mais macio e ainda potente. O forte sabor e o sal muito pronunciado ficaram maravilhosos com o escondidinho de carne. Este último prato casou com o vinho de forma harmônica e direta, fazendo com que cada garfada exigisse um novo gole. Um brinde à Bia, e vamos pro próximo desafio de vinho logo!!!

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